"A advocacia não é
profissão de covardes"

Sobral Pinto

Escritório Alexandre Lopes de Oliveira

No ano de 1992, meu professor de Direito Penal na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, o advogado Antonio Evaristo de Moraes Filho, me fez um convite que mudaria para sempre a minha vida: estagiar, sob sua supervisão, no Escritório de Advocacia Evaristo de Moraes.

Muito surpreso em ter sido escolhido por um professor adorado, aceitei a convocação, sem relutar.

Com Evaristo de Moraes e seu parceiro profissional, também muito querido, George Tavares, aprendi tudo o que eu sei. Entendi que a liberdade humana é indisputável, intransigível, inegociável. Desenvolvi o senso que me guia até hoje: lutar contra o peso da opressão estatal, contra o abuso de autoridade, valendo-me do escudo da Constituição da República.

Nesta longa trajetória, de mais de 30 anos, convivi com pessoas incríveis. Tenho a honra de ser amigo e ter trabalhado com os advogados Eduardo de Moraes, Renato de Moraes e Pedro Maurity, igualmente incansáveis nas batalhas travadas nos processos penais.

Renato, infelizmente, não está mais entre nós. Além da saudade, deixou um vazio na advocacia criminal, porquanto se tratava de pessoa com um dos maiores ideais libertários que já conheci, honrando o sobrenome Moraes.

Tive, outrossim, a grata surpresa de me deparar com João Balthazar de Matos. Chegou ao escritório menino, indicado para estagiar por outro amigo, em 2012. Pouco sabia de Direito Penal. Não tinha experiência nenhuma no processo penal.

Hoje, para o meu orgulho e alegria, João é um grande advogado criminal, dos maiores de sua geração. Aprendo muito com ele.

Eu e João Balthazar resolvemos dar mais um passo e fundamos o escritório Alexandre Lopes de Oliveira Sociedade de Advogados.

Nosso norte é um só: continuar lutando pela liberdade do ser humano. Contra tudo e contra todos, caso seja necessário, pois nascemos para isso e disso fazemos um sacerdócio.

Por fim, relembro as palavras do meu mestre Antonio Evaristo de Moraes Filho, escritas em 1994, destinadas a ecoar para sempre:

Aos que insistem em não reconhecer a importância social e a nobreza de nossa missão, e tanto nos desprezam quando nos lançamos, com redobrado ardor, na defesa dos odiados, só lhes peço que reflitam, vençam a cegueira dos preconceitos e percebam que o verdadeiro cliente do advogado criminal é a liberdade humana, inclusive a deles que não nos compreendem e nos hostilizam, se num desgraçado dia precisarem de nós, para livrarem-se das teias da fatalidade.